Mitos e verdades sobre colesterol e alimentação

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O colesterol é um tipo de gordura essencial para o funcionamento do corpo humano. Ele está presente nos nervos, pele, intestino, cérebro, fígado, músculos e coração. No entanto, quando o colesterol considerado ruim (LDL) se torna excessivo no organismo, problema conhecido por dislipidemia, ele pode provocar a obstrução de vasos sanguíneos, aumentando o risco para infarto e outras doenças cardiovasculares.

Setembro Vermelho

Durante as celebrações do “Setembro Vermelho”, destinado à conscientização, à prevenção e ao tratamento das doenças cardiovasculares, o Hospital Sírio-Libanês tem buscado incentivar as pessoas de todas as idades a deixar a preguiça de lado e adotar hábitos de vida mais saudáveis.

Com o tema central “Xô, Preguiça — Faça Atividades Físicas e Ajude Seu Coração a Bater Melhor”, os perfis do Hospital nas redes sociais (Facebook, Google+, Linkedin e YouTube) têm divulgado mensagens sobre o mês do coração.

A fachada do edifício histórico do Hospital na unidade Bela Vista também tem sido iluminada de vermelho durante as noites, um dos símbolos da ação.

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Neste Dia Mundial do Coração (29 de setembro), o dr. Eugênio Gomes de Moraes, cardiologista no Hospital Sírio-Libanês, lembra que de 70% a 80% do colesterol que precisamos são produzidos naturalmente por nosso corpo, mas entre 20% a 30% vêm da dieta que seguimos.

Separamos a seguir alguns dos principais mitos e verdades sobre o colesterol e a alimentação:

Comer ovo aumenta o colesterol.

MITO — O ovo é considerado uma das fontes de proteína mais completas, além de conter vitaminas A, B2, B5, B6 e B12; ferro, zinco, cálcio, selênio, fósforo, entre outros nutrientes. Segundo explica a nutricionista Natália de Oliveira Carvalho, da Unidade Coronariana do Hospital Sírio-Libanês, as recomendações atuais indicam que a ingestão de um ovo ao dia pode ser aceitável, se outros alimentos ricos em colesterol forem limitados na dieta. Isso também vale para outros alimentos ricos em colesterol bom, como as castanhas, nozes e amêndoas, que devem ser consumidas entre duas a três unidades por dia devido a seu alto teor calórico.

Dietas que “cortam” carboidratos podem aumentar o colesterol.

VERDADE — Segundo a dra. Claudia Cozer Kalil, endocrinologista e coordenadora do Núcleo de Obesidade e Transtornos Alimentares do Hospital Sírio-Libanês, as dietas saudáveis devem conter todos os nutrientes: carboidrato, proteína e gordura. “Ao cortar totalmente os alimentos com carboidrato, as pessoas tendem a aumentar o consumo de proteína e gordura, elevando assim o colesterol”, explica.

Pessoas magras não têm colesterol alto.

MITO — Apesar de a dislipidemia ser mais comum nas pessoas acima do peso, pois elas geralmente seguem uma dieta desequilibrada, este problema também pode afetar as pessoas magras. “Algumas pessoas podem estar dentro do peso, mas exagerarem em alimentos gordurosos”, comenta a dra. Claudia. Além disso, histórico familiar de colesterol alto e algumas doenças, como diabetes, hipotireoidismo e síndrome de Cushing, também podem aumentar o colesterol no organismo.

Água com limão e água de berinjela ajudam a diminuir o colesterol.

MITO — Essas bebidas podem até ajudar na saciedade, reduzindo parcialmente a fome de algumas pessoas, mas segundo a dra. Claudia não há nenhuma comprovação científica que demonstre o impacto da água com limão e da água de berinjela na redução do colesterol.

Óleo de coco diminui colesterol e ajuda a emagrecer.

MITO — O óleo de coco se tornou, nos últimos anos, o alimento da moda entre muitas pessoas que buscam uma vida saudável. No entanto, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o óleo de coco tem aproximadamente 90% de gordura saturada, ou seja, aquela que pode aumentar o nível de colesterol ruim. Já a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia alerta que o produto, por si só, não tem capacidade de ajudar a emagrecer. Por isso, o óleo de coco não deve substituir os outros óleos e seu consumo máximo, por dia, deve ser de apenas uma colher de sopa (15 mililitros).

Estatinas são medicamentos seguros para tratar o colesterol alto.

VERDADE — As estatinas são os principais medicamentos prescritos para baixar o colesterol. Seu uso regular, conforme a prescrição médica, é capaz de reduzir em até 70% os riscos para doenças cardiovasculares. Segundo o dr. Eugênio Gomes de Moraes, apenas 0,1% das pessoas que tomam esse medicamento precisa mudar de tratamento em decorrência de mialgia (dor muscular). “Trata-se de um medicamento seguro, testado por muitos anos e em milhões de pessoas. Não deve ser trocado sem orientação médica por outros métodos de tratamento considerados milagrosos”, avalia o cardiologista.

Medidas de colesterol agora tem novos valores. Veja o que mudou:

A mais nova versão das “Diretrizes de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose”, divulgada em agosto de 2017 pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, passou a recomendar limites mais restritos para os valores de colesterol no organismo.

Segundo o dr. Moraes, a principal mudança está nos valores do LDL, o colesterol ruim, para quem tem fatores de risco para doenças cardiovasculares. No caso das pessoas com um risco considerado intermediário pelo médico, o objetivo é ficar com menos de 100 miligramas por decilitro (mg/dL) de sangue de LDL, enquanto antes era até 130 mg/dL.

Para aquelas que têm um risco alto, os valores ideais do LDL diminuíram de 100 para 70 mg/dL; e para aquelas que têm um risco muito alto, a mudança foi de 70 mg/dL para 50 md/dL. “Esses ajustes visam enfrentar o problema mais precocemente, evitando assim o surgimento de doenças, como infarto e acidente vascular cerebral”, comenta o cardiologista.

O controle do colesterol e o tratamento da dislipidemia é um dos cuidados oferecidos com excelência pelo Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês. Alguns dos profissionais de maior expressão na cardiologia brasileira atuam conjuntamente no Hospital para oferecer desde os mais simples diagnósticos e tratamentos cardiológicos até o atendimento de situações de maior risco e complexidade.

O Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês é um dos poucos no Brasil a possuir uma unidade especializada no cuidado do paciente com falência cardíaca e que pode necessitar de suporte mecânico (coração artificial) e transplante cardíaco. Além disso, a Unidade se tornou referência para o Ministério da Saúde no treinamento de médicos nessa situação de alta mortalidade.

Acesse cuidedoseucoracao.hsl.org.br e conheça outras dicas para prevenir o aumento do colesterol e reduzir o risco de doenças cardiovasculares.

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