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Entendi
Compulsão alimentar é o aumento episódico da ingestão alimentar. Frequentemente é a tradução clínica de um distúrbio de ansiedade e/ou afetivo. O termo compulsão se refere ao ato de compelir, que significa empurrar forçadamente, ou seja, o paciente come sem fome, como uma tradução de um distúrbio de apetite.
A causa é multifatorial, envolvendo fatores genéticos, neuroquímicos, psíquicos e socioculturais.
É o distúrbio alimentar mais frequente, tendo incidência global populacional de 5%.
Costuma ocorrer mais em mulheres (60%), mas a presença em homens (40%) é maior do que dos outros distúrbios alimentares.
É mais comum em brancos, ocidentais e em classe social média ou alta.
Aparece com mais frequência entre os 30 os 50 anos de idade.
Como o paciente não se utiliza de diuréticos ou laxantes para compensar o episódio de comer compulsivo (quando ele se utiliza caracteriza-se a bulimia nervosa), não apresenta as complicações relacionadas a esses usos. Como consequência, a tradução clínica do distúrbio não existe em 75% dos casos. Os outros 25% têm a obesidade como tradução morfológica. É fundamental a história clínica, principalmente na caracterização do hábito alimentar (inventário alimentar completo). Nos Estados Unidos, pelo menos 50% desses distúrbios não são diagnosticados.
O comer compulsivo pode ter vários tipos de manifestações clínicas. Pode se caracterizar por:
Os episódios são recorrentes, e apresentam as seguintes características:
- Comer rapidamente
- Comer até ficar desconfortavelmente cheio
- Cão estar com fome
- Comer sozinho para evitar constrangimento
A depressão, sensação de fracasso e ansiedade são comorbidades psíquicas em até 70% dos casos. Também pode ocorrer abuso de álcool e drogas.
Os exames laboratoriais não têm nenhum valor para rastreamento da compulsão, dando frequentemente resultados normais e criando a falsa ilusão ao paciente de que ele não tem nada e está ótimo.
A compulsão alimentar pode ocorrer em certas doenças, como as genéticas (Prader-Willi), convulsões de lobo temporal do cérebro, doenças degenerativas do sistema nervoso como Alzheimer, e lesões da glândula chamada hipotálamo. Quando existem "pistas", elas devem ser investigadas e devidamente afastadas. Assim, por exemplo, se uma senhora de 80 anos começar a ter compulsão, deverá ser investigada.
O tratamento da compulsão deve ser multidisciplinar com:
Faz o diagnóstico por meio da anamnese e inventário alimentar completo e pesquisa doenças associadas
Avalia a necessidade tratamento com antidepressivos que tenham ação no mecanismo neuroquímico da doença (serotonina, noradrenalina) e investiga as comorbidades psíquicas frequentes.
Pode propor psicoterapia ou terapia comportamental e apoio familiar.
Propõe estratégias de cardápio para evitar a compulsão, como comer com frequência, "bolar" alternativas agradáveis para colocar no cardápio, incentivar o paciente a fazer inventário alimentar completo para que não perca o controle sobre o que come.
A maior importância do tratamento está na abordagem multidisciplinar, com boa interação entre as equipes, para que a via final comum seja a cura do paciente.
Obesidade e Transtornos Alimentares
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