Câncer de pulmão: o tumor maligno que mais mata no mundo

O câncer de pulmão é o tumor maligno mais fatal do mundo. Saiba os sintomas, diagnóstico e como a prevenção pode fazer a diferença no tratamento.

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O câncer de pulmão é a principal causa de mortes por tumores malignos no mundo, representando um grande desafio para a medicina.

A doença, muitas vezes silenciosa em seus estágios iniciais, pode se espalhar rapidamente, reduzindo as chances de cura. No entanto, quando identificada precocemente, as possibilidades de tratamento aumentam significativamente, melhorando a qualidade de vida do paciente.

O principal fator de risco para o desenvolvimento do tumor maligno no pulmão é o tabagismo, responsável por cerca de 80% dos casos. Entretanto, a exposição à poluição do ar, substâncias tóxicas e histórico familiar também podem influenciar no surgimento da doença.

Neste artigo, você entenderá como o câncer de pulmão se desenvolve, quais são os principais sintomas, os métodos de diagnóstico e as opções de tratamento. Além disso, traremos orientações sobre prevenção do câncer de pulmão, abordando hábitos saudáveis e exames regulares para quem faz parte do grupo de risco.

O que é o câncer de pulmão?

É um tipo de tumor maligno no pulmão que se forma a partir do crescimento descontrolado de células anormais nos tecidos pulmonares.

Essas células se multiplicam rapidamente e podem invadir estruturas vizinhas. Ou podem ainda se espalhar para outras partes do corpo por meio da corrente sanguínea e do sistema linfático, um processo chamado de metástase.

Essa doença, que é uma das principais causas de morte por câncer no mundo, afeta tanto fumantes quanto não fumantes. Sem dúvida, a detecção precoce é essencial na melhora das chances de tratamento e cura.

Como a doença se desenvolve
O câncer de pulmão ocorre devido a mutações genéticas que alteram o funcionamento normal das células pulmonares, fazendo com que elas cresçam de forma desordenada e formem tumores.

Essas mutações podem ser espontâneas ou desencadeadas por fatores externos, como:

  • Tabagismo, que expõe os pulmões a substâncias químicas cancerígenas.
  • Poluição do ar, que pode contribuir para inflamações e danos celulares.
  • Exposição ocupacional a substâncias como amianto, radônio e metais pesados.
  • Predisposição genética, quando há histórico familiar da doença.

Muitas vezes, o câncer de pulmão evolui lentamente e sem sintomas nos estágios iniciais, dificultando o diagnóstico precoce. Somente quando o tumor cresce ou se espalha é que os primeiros sinais começam a aparecer, tornando a detecção precoce fundamental para aumentar as chances de tratamento bem-sucedido.

Tipos de câncer de pulmão
Os tipos de câncer de pulmão são classificados com base nas características das células tumorais e na velocidade de crescimento da doença. Os dois principais tipos são:

Câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC): este tipo representa aproximadamente 85% dos casos e cresce de forma mais lenta em comparação ao câncer de pequenas células. Ele se subdivide em:

  • Adenocarcinoma: o mais comum, ocorre nas células que produzem muco e costuma afetar não fumantes e pessoas expostas à poluição.
  • Carcinoma de células escamosas: relacionado ao tabagismo, surge nas células que revestem os brônquios.
  • Carcinoma de grandes células: pode aparecer em qualquer parte do pulmão e tende a crescer rapidamente.

Câncer de pulmão de pequenas células (CPPC): mais agressivo, esse tipo representa cerca de 15% dos casos e está fortemente associado ao tabagismo. Ele se espalha rapidamente para outros órgãos e, por isso, muitas vezes já é diagnosticado em estágios avançados, o que limita as opções de tratamento.

Cada tipo de câncer de pulmão exige uma abordagem terapêutica específica, reforçando a importância de um diagnóstico preciso para definir a melhor estratégia de tratamento.

Quais são os principais sintomas?

Nos estágios iniciais, o câncer de pulmão pode ser silencioso, sem manifestar sinais evidentes. Isso faz com que a doença muitas vezes seja diagnosticada tardiamente, quando o tumor já cresceu ou se espalhou para outras áreas do corpo.

À medida que progride, o câncer pode afetar os pulmões e estruturas próximas, causando sintomas respiratórios e sistêmicos. Porém, como esses sinais podem ser confundidos com doenças respiratórias comuns, como gripe ou bronquite, é essencial estar atento a qualquer alteração persistente na saúde.

Tosse persistente e outros sinais de alerta
Os sintomas do câncer de pulmão podem variar conforme o estágio da doença e a localização do tumor. Alguns dos sinais mais comuns incluem:

  • Tosse persistente, que se intensifica com o tempo e pode apresentar secreção com sangue.
  • Dor no peito, que piora ao respirar fundo, tossir ou rir.
  • Falta de ar, mesmo durante atividades leves do dia a dia.
  • Rouquidão e mudanças na voz sem causa aparente.
  • Perda de peso inexplicável, mesmo sem alterações na alimentação.
  • Fadiga constante, que não melhora com o descanso.
  • Infecções pulmonares recorrentes, como pneumonia e bronquite.

Nos casos mais avançados, o câncer pode causar dor óssea, inchaço no rosto e no pescoço devido à compressão de vasos sanguíneos, além de outros sintomas sistêmicos.

Quando procurar um médico?
Se você apresentar qualquer um desses sintomas de forma persistente, especialmente se for fumante ou tiver histórico familiar da doença, é fundamental buscar avaliação médica. O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de um tratamento bem-sucedido.

A prevenção do câncer de pulmão envolve a redução da exposição a fatores de risco, como tabagismo e poluentes ambientais. Bem como a realização de exames de rastreamento em grupos de maior risco.

Quanto mais cedo a doença for detectada, melhores serão as possibilidades de tratamento e recuperação.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do câncer de pulmão envolve uma combinação de exames de imagem, testes laboratoriais e avaliação clínica detalhada.

Como a doença pode permanecer assintomática nos estágios iniciais, é fundamental que pacientes com fatores de risco, como tabagistas e pessoas com histórico familiar da doença, realizem exames preventivos regularmente.

Os exames confirmam a presença de um tumor, e ainda ajudam a determinar seu tipo, estágio e possíveis regiões afetadas. Isso permite que os médicos escolham a melhor abordagem terapêutica para cada caso.

Exames essenciais para detectar a doença
Para identificar e avaliar o câncer de pulmão, os especialistas utilizam uma série de exames, que podem incluir:

  • Tomografia computadorizada (TC): considerada o exame mais sensível para detectar nódulos pulmonares pequenos e identificar possíveis tumores antes que causem sintomas.
  • PET-CT: um exame que combina a tomografia por emissão de pósitrons (PET) com a tomografia computadorizada, permitindo avaliar a extensão da doença e se há metástases em outras partes do corpo.
  • Biópsia pulmonar: procedimento no qual um pequeno fragmento de tecido pulmonar é retirado para análise laboratorial, confirmando se há células cancerígenas e qual o tipo de tumor.
  • Broncoscopia: exame que permite visualizar as vias respiratórias por meio de um tubo fino e flexível com câmera, sendo útil para coletar amostras de tecido ou secreções anormais.

Análises de sangue e testes genéticos podem ser solicitados para identificar mutações específicas no tumor, auxiliando na escolha do tratamento mais eficaz.

Importância do diagnóstico precoce
A detecção precoce do câncer de pulmão pode fazer uma grande diferença no sucesso do tratamento. Quando identificado em estágios iniciais, as chances de cura aumentam significativamente, pois há mais opções terapêuticas disponíveis, como cirurgias minimamente invasivas e terapias direcionadas.

Por isso, o rastreamento é altamente recomendado para grupos de risco, especialmente fumantes e ex-fumantes com mais de 50 anos, pois a tomografia de baixa dose pode identificar tumores antes do surgimento de sintomas.

Estudos mostram que esse tipo de rastreamento reduz consideravelmente a mortalidade associada ao câncer de pulmão, permitindo um tratamento mais eficaz e menos agressivo.

Opções de tratamento para o câncer de pulmão

O tratamento do câncer de pulmão depende de diversos fatores, como o tipo do tumor, o estágio da doença, a idade e o estado de saúde geral do paciente. O objetivo pode ser a cura, o controle da doença ou o alívio dos sintomas, dependendo do diagnóstico.

Além das opções tradicionais, avanços na medicina vêm ampliando as possibilidades terapêuticas, tornando os tratamentos mais eficazes e menos agressivos. A escolha da abordagem mais adequada deve ser feita por uma equipe médica especializada, considerando as particularidades de cada caso.

Cirurgia, quimioterapia e radioterapia
Os tratamentos convencionais para o câncer de pulmão incluem:

  • Cirurgia: quando o tumor está localizado e não há metástases, a remoção cirúrgica pode ser uma opção curativa. Dependendo da extensão da doença, o procedimento pode envolver a retirada de uma pequena parte do pulmão (segmentectomia), de um lobo inteiro (lobectomia) ou até mesmo de um pulmão inteiro (pneumonectomia).
  • Quimioterapia: utiliza medicamentos para destruir ou impedir a multiplicação das células cancerígenas. Pode ser administrada antes da cirurgia (para reduzir o tumor), depois (para eliminar células remanescentes) ou como tratamento principal quando a cirurgia não é viável.
  • Radioterapia: consiste na aplicação de radiação para destruir células doentes ou reduzir tumores. Pode ser usada isoladamente ou em combinação com outros tratamentos, sendo uma alternativa para pacientes que não podem passar por cirurgia.

Esses tratamentos podem ser combinados, dependendo da necessidade de cada paciente, buscando aumentar a eficácia do combate ao câncer e reduzir o risco de recidiva.

Novas abordagens no tratamento
Nos últimos anos, a medicina avançou significativamente no tratamento do câncer de pulmão, proporcionando terapias mais eficazes e menos invasivas. Entre as inovações estão:

  • Imunoterapia: atua estimulando o próprio sistema imunológico a reconhecer e atacar as células cancerígenas. Esse tratamento tem demonstrado bons resultados, especialmente em pacientes com tumores avançados ou metastáticos.
  • Terapia alvo molecular: diferente da quimioterapia tradicional, essa abordagem age diretamente em mutações específicas das células tumorais, reduzindo os efeitos colaterais e aumentando a precisão do tratamento.
  • Cirurgia minimamente invasiva: procedimentos como a cirurgia robótica e a videotoracoscopia permitem a remoção do tumor com incisões menores, resultando em menos dor e recuperação mais rápida para o paciente.

Com esses avanços, as chances de sobrevida e qualidade de vida dos pacientes vêm aumentando. Pesquisas continuam sendo desenvolvidas para aprimorar as terapias e oferecer tratamentos ainda mais personalizados e eficazes.

Como prevenir o câncer de pulmão?

Embora não haja garantias de que seja possível evitar completamente o câncer de pulmão, existem várias medidas que podem ser adotadas para reduzir o risco de desenvolvê-lo.

A prevenção do câncer de pulmão é possível principalmente por meio de mudanças no estilo de vida e pelo acompanhamento médico regular, especialmente para pessoas que fazem parte de grupos de risco.

Parar de fumar e outros hábitos saudáveis
O principal fator de risco para o câncer de pulmão continua sendo o tabagismo. Fumar, independentemente de ser tabaco convencional ou cigarros eletrônicos, danifica as células pulmonares e pode levar ao surgimento de tumores.

A boa notícia é que parar de fumar pode reduzir drasticamente as chances de desenvolver câncer de pulmão. A partir do momento que alguém deixa de fumar, o risco começa a diminuir, e com o tempo, a saúde pulmonar tende a melhorar.

Além de abandonar o tabaco, outras medidas também são fundamentais na prevenção do câncer de pulmão:

  • Evitar exposição a substâncias tóxicas: o contato com substâncias como o amianto, radiação e poluição do ar aumenta o risco de câncer de pulmão. Ambientes de trabalho que lidam com produtos químicos ou com poluição do ar, como áreas industriais, devem ser monitorados de perto para reduzir a exposição.
  • Praticar exercícios físicos regularmente: a atividade física não só ajuda a manter o peso saudável, mas também contribui para o fortalecimento do sistema imunológico e melhora a capacidade respiratória, o que ajuda a prevenir doenças pulmonares.
  • Manter uma alimentação equilibrada: dietas ricas em frutas, vegetais e alimentos antioxidantes oferecem proteção contra diversas doenças, inclusive o câncer. Alimentos ricos em fibras e com baixo teor de gordura também são recomendados para promover uma boa saúde geral.

Exames regulares para grupos de risco
Fumantes, ex-fumantes e pessoas com histórico familiar de câncer de pulmão devem realizar exames regulares para monitorar a saúde pulmonar.

O rastreamento do câncer de pulmão envolve exames como a tomografia computadorizada de baixa dose (TCBD), recomendada especialmente para indivíduos com histórico de tabagismo. Esses exames ajudam a identificar sinais de câncer de pulmão em estágios iniciais, quando as opções de tratamento são mais eficazes.

Conclusão: a importância da conscientização e do diagnóstico precoce

O câncer de pulmão continua sendo um dos maiores desafios da oncologia, mas os avanços na medicina têm proporcionado melhores perspectivas de tratamento e aumento na sobrevida dos pacientes.

A conscientização sobre os sintomas do câncer de pulmão, a importância da detecção precoce e a adoção de hábitos saudáveis são medidas fundamentais para reduzir os impactos da doença.

No Hospital Sírio-Libanês, os pacientes contam com uma equipe multidisciplinar altamente especializada, que integra cirurgiões torácicos, oncologistas, radioterapeutas, pneumologistas e outros profissionais para oferecer um atendimento completo, desde o diagnóstico do câncer de pulmão até seu tratamento.

Com tecnologia de ponta e abordagem personalizada, o hospital é referência no combate a tumores pulmonares, proporcionando as melhores opções terapêuticas para cada caso.

Se você faz parte do grupo de risco ou apresenta sintomas suspeitos, procure um médico especialista. O diagnóstico precoce pode salvar vidas.

Reavaliado por Dr. Luciano Ferreira Dragger em 14/04/2025

Oncologia